sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ME - Aula 07 (Diafragmas)








Inicialmente foi feita uma apresentação em slides, de diversos modelos de câmeras, começando pelas mais antigas.


Inicialmente foram mostradas câmeras de 1800 até 1888. Depois, outras mais modernas.


A primeira a ser mostrada, foi uma câmera de 1800,  usada para desenhos.


Enquanto isso foi relembrado que com "buraquinho" ( na Pin Hole) o foco é praticamente  infinito, por não estar submetido ao conceito de convergência ótica.


Uma segunda câmera, de 1839, a câmera oficial do Daguerreótipo, a que era pelo Daguerre vendida, mesmo quando o interesse principal do cliente não era por ela. Ele ganhou muito dinheiro com isso. 


O aumento da sensibilidade levou a criação dos obturadores.


Uma terceira câmera aparece com um mecanismo para manipular a abertura.


Uma quarta (câmera de espionagem) e também elaborada decorativamente, naturalmente para pessoas de maior poder aquisitivo. De espionagem, porque tinha a lente apontada lateralmente, para dissimular a real direção do foco.


A quinta, uma câmera estereoscópios, 3D! Em 1864! O princípio da produção de imagens tridimensionais, requer a entrega ao cérebro de imagens diferentes, simultaneamente.


A sexta, "Câmera para "Cartes de visite" de François Anzoux - 1876."


A sétima mostrada foi uma câmera portátil.


A oitava "Câmera de bolso Stirn - 1886."


A nona, com controle de abertura, usada pelos principais fotógrafos da época. Em 1888, foi obtida a primeira fotografia aérea, em uma época onde ainda não havia o avião. Foi tirada de um balão, por Nadar em Paris.


A décima, de 1888, câmera Kodak One. Enquanto no Brasil libertava-se os escravos...


George Eastman forneceu as emulsões para o pessoal que usava as chamadas chapas. Linhof (não sei se esta é a grafia) é uma câmera alemã, a mais perfeita, que não é barata, e que até hoje usa chapa.


A Agfa e a Iufa (assim se pronuncia) são os dois fabricantes que até hoje fazem chapas.


Para o grande público, Eastman que tinha uma grande visão empresarial, criou o primeiro filme (na visão clássica de rolo). Ele montou a Eastman  Kodak.


Puxando um cordãozinho, fazia a abertura. Dizia então o Eastman "Você puxa o cordãozinho, nós fazemos o resto". 


Ele montou uma estratégia de marketing distribuindo entre pessoas abastadas, a câmera inteiramente de graça. Batidas as fotos, e para isso o usuário bastava "puxar o cordãozinho", a câmera era mandada para o laboratório do Eastman em Rochester, norte dos Estados Unidos, onde o rolo era retirado, revelado, e as fotos mandadas de volta junto com a câmera já com um novo rolo de filme. Esse foi o começo do fotojornalismo, já que até então, o interesse era pela fotografia era bem mais restrito, limitando-se a fotografia de pessoas.


Foram mostradas sem muitos comentários da décima a décima quarta câmera, e a última delas, de 1900, uma panorâmica. 180 graus sem distorção.


A passagem dos slides a partir da décima foi mais rápida.


Em seguida, veio uma Câmera Tourist Multiple - 1913. Filme pequeno, de 35 mm.


GV perguntou se a idéia do filme de rolo veio daí.


JJ para responder prosseguiu sua exposição sobre a evolução da fotografia, mostrada através das câmeras. contando a história da pintura que mostrava um cavalo com as quatro patas no ar.


A história do cavalo pintado com as quatro patas no ar, resultou em polêmica. Dizia-se ao pintor que isso não podia ser real, porque simplesmente não era o que acontecia. Já o pintor negava que fosse uma imagem surrealista. Para tirar a dúvida um fotógrafo Inglês foi solicitado a tirar a dúvida, criando uma técnica criativa, através da qual obtivesse várias seqüências de fotos. Em uma delas constatou-se que de fato, havia um momento no qual o cavalo estava com as 4 patas no ar. E descobriu assim que se dispunha afinal, de uma seqüência de fotos.
Surgiu daí o primeiro estudo do movimento. A idéia de criar uma câmera para registrar uma seqüência de fotos.


Thomas Edison tentou construir. George Eastman e Thomas Edison eram amigos íntimos. Interagiram. O que eram 7 cm, George Eastman terminou cortando ao meio para atender Thomas Edison, daí o surgimento do 35 mmm. Filme menor e cheio de buraquinhos.


Os irmãos Lumière fizeram um mecanismo de tração (Cruz de Malta de George Eastman) sem se conhecerem, entre aspas, e chegaram ao cinematógrafo. Fez então uma exibição pública em Paris.
A chegada de um trem, foi o primeiro filme. Na virada do século. A platéia assustou-se, e houve um certo pânico entre as pessoas, que temiam a aproximação do trem.


Já em 1907-1908, era grande a produção dos Lumière.


O cinema recentemente mudou após Avatar.
Simulações do virtual e três dimensões reais são algumas das inovações técnicas por exigência do seu diretor, as quais uma vez atendidas, constituíram-se em um marco.


Prosseguindo com mais câmeras:


Leica de 1913 (a do jornalismo é de 1923). A primeira a usar 35 mm.


Rolleiflex  1956, mostrada depois de uma câmera resistente de chapa, usada em fotojornalismo.


A próxima mostrada foi a Nikon, de 1959, mais barata que a Leica. A Leica sempre tinha o visor lateral. A Nikon foi lançada Reflex. Mais conforto para uso no jornalismo.


As Leicas antigas, a imagem que se via no visor não era a mesma que se estava fotografando.


Outra câmera Leica, de 1967, foi a Câmera Leica M4. As Leicas mais novas tornaram-se hoje Reflex.


Na analógica a Nikon liderava MESMO.


E assim terminou a mostra de câmeras, para começar uma breve revisão sobre as objetivas.


Antes porém foram mostradas mais algumas câmeras modernas, com o detalhe do espelho, nas reflex.


Mostrada uma Hasselblad, usada por astronautas em missões onde não era tolerada falhas. Nos foi apresentado o Backer.


E chegamos a digital.


Sensor com matriz de pontos, matriz de Boyle. Tem luz não tem luz, quanto tem de luz, informação entregue ao processador. Pulsos elétricos que são entregues ao processador que vai ter que encontrar meio numérico de representar isso aí. Quantização maior, maior realidade. Daí a transformação binária. Transformada em números vem a gravação em mídia que pode ser ótica ou magnética. No analógico, tenho valores mensurados de zero a cem. No digital, se eu não tenho zero e um, não tenho imagem. No analógico, se só temos 80% da informação, imagem razoável.


Mídias de 0,50 centavos, mídia barata superfície orgânica não confiável. Em 6 meses perde-se a informação. As mídias de fábrica, que não são de queima, são mais duráveis.
É fácil perder um HD! É bom ter uma mídia ótica de qualidade. A cada cinco anos, fazer um back up. Marcas recomendadas: Philips, Maxell,
Guardar bem suas memórias profissionais.


Em seguida, foram mostrados slides de sensores.


35 mm é uma referencia na fotografia digital.


APS e APS C são ligeiramente diferentes em tamanho - os seus sensores. Nikon e Canon.


35 mm medem 36 mm x 24 mm.


APS é metade disso.


Quando você vai para polegadas, é referencia à diagonal. N é de normal. 
O que diz-se D de diagonal no Inglês.


Foi mostrada uma tabela com os tamanhos dos sensores: Size, Width e Hight (tamanho, largura e altura).


JJ perguntou a Sângela sobre as características da objetiva da câmera dela.
Foi ele próprio verificar a lente, quando pensando ter lido começar por 50 mm (na realidade começava ppor 5 mm), comentou:
"A lente é falsa".
Bom! Ouvi Sângela retrucar, parafraseando o próprio JJ:
"Toda verdade é meia verdade."   :-))


A objetiva que vai de 5 a 75 mm com sensor de 1/4 ( 1/4 de polegada na diagonal), Por começar em 5, quando a normal seria 4, começa quase normal. Ligeiramente Tele.


Mostrada uma tabela detalhando características de lentes zoom Nikon.
CCD (APS), número de elementos etc...


Também  foram mostrados os ângulos de visão para cada distância focal.


A Sigma é fabricante de "genéricos de boa qualidade".


A Century (Century.com) vende duplicadores para que possamos aumentar adistancia focal.
Os produtos da Century são de boa qualidade. Embora de menor qualidade que os da Nikon, Cânon...


Uma objetiva de 24 mm na Full Frame é equivalente a 15 mm na APS.


Foram mostradas tabelas com características de diversas objetivas. 
Inclusive uma muito usada em arquitetura.


Um mesmo zoom pode ter três tipos até de diferentes claridades.
As mais escuras estão quase sendo dadas de bônus.
São menos preferidas.


É bom ter uma objetiva de 18 a 200 com a mesma luminosidade que a de 18 a 105 mm.


"Eu não compraria uma lente escura" JJ.


Uma objetiva de 50 mm com 1.4 já dá para trabalhar com ela muito bem.


Cada ponto de diafragma é 100% de luz.
Isto é, quando passamos de uma abertura para a imediatamente maior (por exemplo, de 22 para 16), passa a entrar mais 100% de luz, do que na abertura anterior.


Considerando uma objetiva Sigma zoom de 18 -200 mm f/3 .5 - 6.3, foi dito o significado de ampliação da objetiva.
A ampliação dela é 200/18 =  11 vezes.(aproximadamente).
(18 mm na câmera de sensor APS, é equivalente a 27 mm na Full Frame)


Foram mostrado dois slides da ponte da Torre de Londres fotografada com distâncias focal de 18 mm e de 200 mm para mostrar o que significa o poder de ampliação. Uma dimensão de digamos 10 cm na foto com a grande angular de 18 mm, aparecerá na foto com a tele de 200 mm, 11 vezes maior.


Antes do intervalo, foram mostradas várias fotos para distinguirmos as diferenças decorrentes do uso de diferentes tipos de objetivas.


Quanto a necessidade do uso do tripé:
Até 1/30 pode tirar sem tripé! 
Chegou quase a admitir 1/15!


Geralmente as macros tem pouca profundidade de campo.


A profundidade sem distorsão, no campo das objetivas normais.


Fim da primeira parte da aula.


Prosseguindo, foram mostradas objetivas para apreciação das características nelas impressas.


Sem modificar a distância focal, observamos que a imagem é ampliada ou reduzida alterando a abertura do diafragma. Mantém-se por exemplo distancia focal normal, 50 mm na objetiva, e conforme abrimos mais o diafragma, podemos observar com a objetiva fora da câmera, a ampliação da imagem.


Em seguida foi outra vez mencionado o chamado tripé da exposição, sobre o qual já havia sido feita menção em aula anterior. Uma equação de quatro variáveis. um triângulo, e em cada vértice, o ISO no de cima, Diafragma à direita e velocidade à esquerda.  No meio do triângulo, a luz.


Sobre o fotômetro:


A velocidade controlada no obturador.


O diafragma - controla através da abertura, a quantidade de luz.


O ISO está associado a sensibilidade.


Quanto ao enegrecimento, 400 ISO em uma analógica corresponde a 400 ISO na digital.


O ISO foi o resultado de uma padronização. Antes haviam diferentes padrões, como o ASA, e o Din  (alemão). ISOs altíssimos em digitais, são impossíveis em filmes analógicos. Seriam precisos grãos imensos, talvez um único grande grão para alcançar uma sensibilidade tão elevada.


Há ISOs 100, 200, 400, ....1600 ...

No automatismo, a câmera toma para si as escolhas. Para que se possa expressar o desejado, necessário fazer as próprias escolhas.


A ótica, quanto a manipulação não difere da fotografia, cinema e vídeo.


A abertura do diafragma é inversamente proporcional ao número.


22  16 11  8 5.6  4 2.8 2 1.4


De um número para o próximo, digamos de 22 para 16, a abertura muda para deixar passar o dobro da luz que na abertura anterior. É dizer que aumenta em 100% a quantidade de luz.


O fato de ser assim, possibilita fazer os ajustes.


Toda informação fotográfica é cumulativa.


Estéticas diferentes na manipulação fotográfica ao trabalhar com 22 ou 1.4.


Sobre a velocidade, é um dispositivo que tem na máquina, que controla o tempo.
O tempo durante o qual a luz penetra na câmera.


Os tempos das máquinas hoje estão bem confortáveis.
30 seg ,  15 seg ....1 seg
A D90 só tem nessa faixa, 1 seg.


A partir daí temos frações do segundo:
1/2, 1/8, 1/15, ...1/125, ....1/8000 (hoje pode-se ir facilmente a 8000).


O cérebro tem a capacidade de clicar no momento certo sem pensar.
Para ilustrar, a história do gol que para o editor de fotografia do jornal, só era gol se pegasse a bola ao estufar a rede. Em um milésimo de segundo, a bola vai e volta.
Não adianta usar 6 cliques por segundo, que não pega (ou o mais provável é não pegar) o momento desejado. Tem que ser manual.


O Panning é uma técnica interessante para fotografar objetos em movimento.
A velocidade escolhida pode até ser menor do que a necessária, mas se a câmera é movida para acompanhar o movimento, é como se a velocidade do obturador fosse maior, além de que dá um efeito de o o objeto móvel se deslocando, e o fundo borrado.


Vel 1/125, suficiente para congelar o movimento de uma pessoa andando. Ela aparecerá nítida.
Se com 1/500 congelo, com 8000 desse ponto de vista não há diferença. Mas tem as outras variáveis. Talvez seja interessante usar uma ou outra velocidade, dependendo das circunstâncias.


A relação de 100% mantém-se entre todas as variáveis.


Quando o criador disse "Faça-se a luz, a luz foi feita". Mas ele disse também o que apareceria escrito ali em baixo:
"De modo que   ela diminua a sua intensidade à metade a cada metro.
Pensou portanto ao criar o mundo,  na fotografia.


Com a luz de um sol Urbano, ISO 100, vel 1/125 e Diafragma 11.
Vamos dizer que entre 9 e 11 horas, de um dia lindo, temos aí uma "combinação verdade".
Como existe uma relação conhecida entre as variáveis , a partir dessa chamada "combinação verdade", podemos brincar um pouco.


22 16 11 8 5.6 4 2.5
30 60 125 250 500 1000


125 com 11 é uma combinação verdade.
Mas, se eu quiser congelar e usar 500, posso mudar de 125 para 500, mas eu vou precisar combinar!
250 - 8 vai dar o mesmo resultado que aquela da "combinação verdade".
500 - 5.6 seria outra possibilidade.


Desde que temos a relação verdade e as relações de 100 % entre as variáveis controláveis, podemos daí fazer nossa combinações.


Trabalhar com ISO alto, isso faz-se mudando as demais variáveis.


Vamos trabalhar com isso na prática. O fotômetro ajuda nisso. E há os semi automatismos.


A tendência da programação dos automáticos é congelar, nunca borrar a imagem.


No livro tem uma analogia do copo, que ajuda a entender essa questão.


Perguntei se a câmera em automático, nos forneceria para cada situação, a "combinação verdade".


A resposta foi não. "O automático das câmeras é meio burro."


"O automático tem que ser vigiado".


Ele não dá combinações verdade.
Ele o automático da câmera, é programado para medir a quantidade média de luz.
Ao fotografar alguém, pode a pessoa aparecer escurecida com muita luz atrás.
É preciso estarmos atentos ao que pretendemos, para obter fazendo os ajustes manuais.


Cor e exposição não tem haver, podemos ter qualquer cor com qualquer exposição e vice versa. A cor será tratada por último, depois de todo o tratamento da imagem.


JJ não recomenda trabalhar capturando em P&B (Preto e Branco) na digital. Os recursos não chegam a 30% do que pode-se obter no Photoshop. "A gente só desorganiza o que está organizado". Melhor é fotografar a cores, com a câmera digital e trabalhar a foto no Photoshop para transformar em P&B, onde se tem controle sobre todos os tons.


E aqui terminou a aula de hoje.


Na próxima aula, segunda dia 27, Aula 08, faremos exercícios de ajustes das variáveis da câmera. 
Nesse caso convém  trazer as câmeras para usar durante os exercícios em sala.


Um bom final de semana para todos!

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