quinta-feira, 12 de abril de 2012

Módulo Estúdio - Aula 04.

Isabela Alegre

Recriação de dois pontos com flash.

"Com luz contínua precisamos aumentar o ISO e trabalhar com velocidade mais alta, se a intenção é congelar."

"Realidade pressupõe sombra!"
"Mas sombra controlada."
"Quando temos relevo, textura, que são valores fotográficos."

"Vamos também fazer sem sombra - mas de modo tecnicamente correto."

"Foco automático é muito perigoso!
O foco vai para a área de referência, que pode não ser a desejada."

"O foco manual é ainda o mais desejável."

"Erro de composição em estúdio é sério!
Não é desculpável."

Foram mostradas e comentadas as fotos da prática de ontem.

Hoje vamos apenas mudar a forma de luz. Faz-se a mesma leitura com o fotômetro como ontem.

Em dois pontos Flash, iluminação cruzada.

KL Difusa.
BL=KL.

O posicionamento do (a) modelo (a), leva em consiferação a fotogenia.
As mulheres geralmente já sentam posicionando-se em relação a câmera, de forma a revelar o seu melhor lado para a fotografia.

"Duas ou três formas de fazer a ligação do Flash:
Fotocélula, dispara todos os Flashes.
O Flash de um dispara o dos outros.
Como é a velocidade da luz, tudo ocorre como se fosse instantaneamente.
Sinal de rádio. Um contato fecha e aciona os Flashes. Ele através de cabo, é conectado à câmera. Um bip avisa que ele está pronto para o acionamento."

"A leitura do fotômetro pode ser feita com ou sem fio."

O rádio encaixa na câmera, que dispara o BL e este por fotocélula dispara o KL.
Um dispara fisicamente, e o outro por célula.

Antes, com um cabo conectado da câmera para o KL, este flash foi disparado com o clique da câmera.

Quando lendo com cabo, o fotômetro é selecionado para corda. É o fotômetro quem dispara. Faz a leitura, desta vez deu f/11 e 1/125, com flash o fotômetro sabe que a velocidade não é significante. 
Um fotômetro dispara, o outro ao disparar o flash, lê.

Em seguida foi ajustada a luz do BL, foi usado um papel preto já que o refletor é aberto e assim evita-se que a  luz vá para a área fotográfica.

Mediu sem corda f/11 e f/8. Para ficar equilibrado, optou-se para o KL, e dando novo disparo, baixou um pouco a potência. Um clique inicial para decarregar o capacitor e poder no clique seguinte, a intenção de potência que foi escolhida, ser considerada. E assim foi prosseguido o ajuste, para dar f/8. Enquanto tiver potência para aumentar, aumenta. Não tendo mais, é só fastar o flash um pouco mais para perto.

As escolhas são pessoais. A nossa está sendo a de KL=BL.

O diafragma não tem inteligência para manter a cor da pele.
Se medimos a luz incidente e não a refletida, evito o embranquecimento da pele, ou o escurecimento, dependendo da cor da roupa usada. Se preta, ou branca.

E se não tivermos um fotômetro? Faço várias fotos e escolhida que saiu melhor, que é para escolher assim, o diafragma

Se usar f/11 já que estamos usando entre f/8 e f/11, a foto sairá melhor, já que usamos flash. Há com o flash uma tendência a esbranquiçar, que deve ser compensada usando meio ponto acima.

Iniciada então uma secção de prática.

Fim da primeira parte.

Depois de fotos com o diafragma f/11, colocou-se um celofane avermelhado, e o diafragma diminuiu um ponto. Passamos a usar f/8. Em todo caso, e para confirmar essa percepção, foram feitas novas leituras de fotômetro.

Concluída esta parte da prática, a aula prosseguiu com esclarecimento de dúvidas.

Sangela pediu para que JJ falasse um pouco sobre a questão do uso do flash em manual, dentro do estúdio.

"Em estúdio quando se usa o flash da própria máquina com pré-flash, no pré-flash disparam os Flashes do estúdio. Não é o que se quer! Nesse caso, embora não seja o recomendável, deve-se configurar a câmera para flash manual, pode-se escolher uma potência bem baixa, e sem pré-flash, na hora do clique, os Flashes do estúdio dispararão."

Assunto seguinte:

Três pontos.

1- Key Light

2- Fill Light (fica ao lado da KL)

Encher a sombra com luz. Deve estar abaixo da luz chave.

3- Back Light (Ela é nessa técnica, deslocada. Posiciona-se em oposição à câmera.)

Portanto, em relação ao que vimos na aula anterior, o terceiro ponto é a luz de enchimento.

Área luminosa, é aquela onde sem iluminação, não há sombra.

A técnica dos três pontos, é quase um triângulo retângulo com a pessoa no meio.

A intensidade do Fill Light controla a sombra.

A separação da pessoa do fundo, se faz, como se diz, com a criação de tridimensionalidade. Essa a função da BL nessa técnica de três pontos.

"Tudo é em relação à luz chave."

O cenário é algo à parte. Vamos definir o que pretendemos, independente dos aspectos relativos à iluminação. Se necessário, a iluminação do fundo é uma coisa à parte.

(Giovanni mostrou o ajuste que fez para corrigir o azulado que estava aparecendo nas suas fotos, durante a prática de três pontos. Lá onde configura para flash, fastou naquele gráfico de coordenadas cartesianas, dois pontos para a direita sobre o eixo horizontal.)

'Foram explicadas relações de intensidade entre as intensidades de luz da contra luz (BL), e da Key Light, dependendo da minha intenção. Se quero uma luz de intensidade maior em um ponto da BL em relação a KL, ou até dois pontos, já que mais do que isso pode ocorrer um "estouro de luz"."

A luz de enchimento pode ser de intensidade menor ou igual a da luz chave.
Por que não pode ser maior?
Se ela tiver mais intensidade a luz vai estourar, já que o diafragma é determinado pela KL.
Outra coisa, a sombra não vai desaparecer, depois de uma sombra ter sido criada. Isto é, não vai resolver, aumentar a intensidade da luz.

BL deve ser maior ou igual a KL.

Entre leitura direta e com soft box cai dois pontos!

"A técnica dos três pontos vai ser praticada inicialmente com luz contínua e com flash."

"Só a técnica dos três pontos permite controlar o contraste, que é a relação que existe entre a maior luz e a menor luz."

"Iluminação plana e sem sombra é usada para fotos para documentos!"

"Posso manter a KL com o mesmo diafragma e ter os mais diferentes contrastes. A luz de enchimento uma vez reduzida, a sombra vai ficar mais escura, até chegar ao preto total."

Contrastes, tem duas importâncias. Dependendo do enegrecimento da sombra, temos diferentes leituras. Se tenho uma luz e a reduzo à metade, a minha visualidade permanece.
Se diminui a iluminação e ajusto o diafragma, mantenho as condições de visualização.

À noite, as sombras são mais escuras. Os objetos iluminados pela lua, que sensorialmente é azul,

Contrastes:

2:1
3:1 Daqui para trás, Dia.
4:1
5:1
6:1. A partir daqui Noite.
7:1
8:1

"Contraste de 1:1 não existe.
Se encontrar isso por aí, saiba que isso está errado!"

'Ler com luz contínua a intensidade de luz, sem referencia a um diafragma, é feito em Lux. Há fotômetros que fazem isso."

C igual a (KL + FL) dividido por FL vai fornecer o contraste.

Se KL = 1000 e FL = 1000, com FL= 1000, teremos Contraste 2:1.

Se FL = 500, o Contraste aumentará para 3:1.

A maioria dos fotógrafos produzem muito bem, empiricamente, apesar de não ter esse conhecimento.
É contudo importante tê-lo.

Fim da Aula.

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