terça-feira, 17 de abril de 2012

A Técnica dos três Pontos com Luz Continua.



Penso que a partir das anotações feitas durante as aulas nas quais foram realizadas as práticas de estúdio, será possível rememorar os detalhes que nós deveremos considerar, para um resultado satisfatório na avaliação.

Era minha intenção se eu tivesse tido o tempo, de fazer uma síntese a partir das próprias anotações, das quatro técnicas objeto da avaliação de cada grupo.

Na impossibilidade de fazê-lo, pelo menos resolvi que faria pelo menos a relativa aos três pontos com luz contínua, que vem a ser a do meu próprio grupo.

Acredito porém, que há certas recomendações que poderão servir de lembretes do JJ, válidos para todos os participantes, de qualquer grupo.

Técnica dos três pontos com luz contínua.

Usaremos três fontes de luz contínua:

A "Key Light" (KL), ou Luz Chave, que é a luz de referência.

A "Back Light" (BL) ou Luz de Fundo, que é a "contra luz", responsável pelo contraste e relevo.

A "Fill Light" (FL) ou Luz de Enchimento, que é a luz responsável pelo controle das sombras.

A  KL deve ser posicionada com 30º a 45º de lateralidade e 30º a 45 º de ascenção.

Nos foi solicitado fazer com luz difusa, o que significa usar na KL um celofane branco.

Deveremos usar a velocidade 1/60 seg, e o ISO 400, para inicialmente medir com o fotômetro, a luz KL.

Na aula na qual essa técnica foi apresentada, o diafragma indicado para a KL foi f/5.6.

Deveremos ter a BL com luminosidade 1 (um) ponto acima da KL.

Em seguida após medir a KL, medimos então a BL.

Na prática em sala, o diafragma determinado foi inicialmente f/8 1/2 (oito e meio ou 8,5).

Para ficarmos com a diferença de 1 (um) ponto desejada entre a BL e a KL (BL>KL), a redução de meio ponto na BL foi conseguida, colocando um celofane branco na BL.

(O ajuste das bandeiras da BL, para evitar que a sua luz invada a área fotográfica, deve ser feita usando luvas térmicas ou mesmo um pegador de roupas. Deve-se cuidar para que o seu direcionamento não resulte em entrada de luz na objetiva, considerando que o seu posicionamento é frontal a ela. Essa fonte chamada fresnel, direciona os raios de luz.)

Devemos ter em conta o seguinte:

O ajuste das luminosidades da KL e BL para ficarem com um ponto de diferença (BL>KL), caso necessário, também poderá ser feito ajustando a luz da KL, a qual oferece melhores condições de fazê-lo, do que a BL.
A KL tem ajuste de potência da lâmpada, além de que podemos aproximá-la ou afastá-la, levando em conta que a aproximá-la de um metro, reduz o diafragma de um ponto. Afastá-la de um metro, aumenta o diafragma de um ponto.

Finalmente ajustaremos a intensidade da Fill Light (FL), para termos o contraste solicitado de 3:1.
Para termos esse contraste, a intensidade luminosa da FL deverá metade da KL

Significa dizer que a FL deverá ter uma luminosidade que resulte em f/4, se a KL tiver ficado com f/5.6.

Na prática em sala, desta mesma técnica, o ajuste da FL para f/4, foi conseguida quando a sua luz foi voltada para a parede, e nesse caso, o fotômetro mediu a sua luz refletida. Isso é importante de termos em consideração.

Concluído o ajuste das intensidades relativas das intensidades luminosas de acordo com o pretendido, o passo seguinte é o ajuste da câmera.

Sobre o ajuste da câmera:

Colocar a câmera no modo Manual, e definir a velocidade 1/60 seg, o ISO 400 e o diafragma medido para a KL, que é a fonte de luz de referência. Não importa a leitura do diafragma que se tenha na câmera, o diafragma será o da KL.

No Balanço de Branco, se a câmera tiver o "kzinho" devemos no Menu da câmera, escolher a temperatura para lâmpadas artificiais (tungstênio) que é de 3200 em graus Kelvin.

Um ajuste fino nas coordenadas do Menu, poderá ser feito de acordo com a preferência pessoal. Para que a foto tenha um tom um pouco mais quente, avermelhado, deslocar sobre o eixo horizontal o pontinho sobre a origem dos eixos, de dois tracinhos para à direita.

Se a câmera não tiver o "kzinho", escolher no Balanço de Branco, a opção "incandescente".

Concluindo, antes de começar a seção de fotos, fazer o teste fotográfico.

Recomendações gerais:

Por a palma da mão no local onde ficará o (a) modelo, permitirá nela apreciar o efeito produzido pela BL de ressaltar o contraste e o relevo.

Ao fotografar, ficar atento a guardar a distância de 3 metros do(a) modelo, para não invadir à área fotográfica.

Prestar atenção ao "inevitável fileto preto". Lida-se com isso mudando a posição do(a) modelo.

A posição do (a) modelo deve levar em conta a fotogenia.
(é que os (as) modelos tem sempre um lado mais fotogênico. De acordo com o que disse JJ, as modelos ao sentar já fazem de modo a revelar o seu lado fotogênico).

Importante: Lembrar que o foco automático não funciona bem em estúdio. De preferência usar o foco Manual.

Evitar os "excessos de nada" nas fotos.

O formato vertical é o mais adequado a esse tipo de foto.

Cuidado com o halo de luz proveniente da BL. Se necessário, por a mão para evitá-lo.

Ter cuidado com a distancia de teto. Isto é, com a distancia entre o topo da cabeça do (a) modelo e o limite superior da foto. Isso será avaliado no tocante a consistência fotográfica.

Ainda, cuidado com o cortes indevidos. 

O corpo do (a) modelo deve estar posicionado evitando de que venha a ficar mais para fora da foto do que deveria.

Clicar dentro das regras de composição.

Quanto mais estiver usando a tele-objetiva, redobrar o cuidado com a velocidade.
Há um risco maior de tremer no instante do clique.

Finalizando:

Lembrar:

1 - Que ao final o que se pretende-se cada um mostrar dez fotos de conteúdo fotográfico.

2 - "Modelo não fala".

Boa Sorte!

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