sábado, 3 de março de 2012

ME - Aula 12

Foram recomendadas três Revistas de Fotografia:


Técnica e Prática - Da mesma editora da Revista Fotografe Melhor (Só por assinatura).



Fotografe Melhor -Nas Bancas.



Digital Photographer - Nas Bancas.



(São as três melhores - JJ recomenda as  três)



Inicialmente foi ressaltado que:



"Só a velocidade (o tempo) borra e congela a luz."


Ao se explicitar o movimento de um carro, por exemplo, criamos para a foto uma estética.

Não importa o ISO, a abertura do diafragma, a luz.... Importa a velocidade do obturador.



Quando começarmos a entender a profundidade de campo, aprenderemos a trabalhar com o diafragma.



No Modo M (de Manual) escolhemos a combinação de velocidade do obturador e abertura do diafragma, com a ajuda da indicação do fotômetro.


No Modo A (de "Aperture" ou Abertura) escolhemos a abertura do diafragma e a câmera escolherá a velocidade.


No Modo S (de Speed ou velocidade) escolhemos a velocidade e a câmera escolherá a abertura.


No Modo P (de "Program" ou Programa) a câmera escolhe a velocidade, e o seu complemento, o diafragma, dando ao fotógrafo a opção de escolher entre diferentes combinações que a câmera ofereça.



O borrado é uma coisa, o desfocado outra.



Podemos ter um borrado nítido. Borrado, porém em foco.



A questão do foco é um aspecto à parte a ser considerado.



Posso até não fazer o clique. A foto é minha. Tudo que acontece é antes. Quando se começa a aprofundar ... Clica-se menos. Não se emocionar ou controlar a sua emoção, embora pondo emoção na fotografia.


(Com isso entendo que JJ alertou para a importância de desenvolvermos o chamado "Olhar Fotográfico". Passando a ideia de que antes do clique a fotografia é elaborada pelo fotógrafo que a concebe a partir de uma ideia, de uma concepção, da observação, de uma pré-visualização do resultado. Daí o que foi dito: "Tudo que acontece é antes").



No tocante ao que foi dito sobre a necessidade do controle da emoção no momento de fazer a foto, algum questionamento veio da parte de Rita e de Iohanna, ao que JJ esclareceu citando um exemplo prático.


 JJ reportou-se ao fato por ele vivenciado, de fotografar o desfecho de um conflito, no qual ele percebeu que um homem que tinha um revólver mencionava dispará-lo contra a cabeça de outro. Ao perceber que isso iria de fato acontecer, precisou ter o auto-controle para esperar em meio clique o momento de disparar o obturador. Obteve a trágica foto, que foi possível a partir do controle da sua emoção. A emoção estará na foto! Mas a emoção do fotógrafo naquele instante, precisou estar sob controle para que fosse possível o registro do inevitável.



Outra vez foi relembrado o que dizia Henry Cartier-Bresson: "Fotografar é ter em uma mesma mira o cérebro, o olho e o coração."



Desenvolver esse exercício de elaboração da fotografia anterior ao momento de realizá-la, termina por levar a que o fotógrafo clique menos, pois muitas vezes perceberá quando fazê-lo não traria bons resultados.


Sobre o ato de comandar:

O ato de comandar é lógico. Você comanda ...

(Esta uma alusão a decisão quanto ao melhor momento para clicar.)



JJ treinou Karatê. E foi pertinente se reportar a um exemplo ilustrativo a ele acontecido quando praticava essa luta marcial. Havia um golpe de que ele muito gostava, mas não conseguia realizar. Um golpe no qual momentaneamente o lutador fica de costas para o adversário, mas sem lhe dar tempo a disso tirar vantagem, desfere o golpe que pela sua rapidez, torna-se indefensável. 


Surgiu uma oportunidade da visita de um Chinês sexto Dan de Karatê, e o seu próprio Mestre que era primeiro Dan, o levou para pessoalmente o JJ pedir a ele uma orientação. O conselho que o grande Mestre Chinês lhe deu, ele futuramente passou a aplicar na fotografia. À hora do clique, ou como dizia Cartier-Bresson, no instante da busca pelo "momento decisivo": "Faça sem pensar".

Passaram-se seis meses tentando não pensar na hora de fazer, até conseguir fazer sem antes pensar!

Não é fácil, mas é o modo certo de fazer!
É o caso do "ato fotográfico". Você percebe e faz.



Em seguida foi dada continuação a apresentação das fotos da prática de ante-ontem.



Sangela perguntou sobre as lentes ideais para o tipo de fotos que ela pretende fazer, voltadas para a área da fitoterapia.


A resposta foi a de que nada em especial!

Em se tratando da recomendação que faria a quem deseja uma lente que não requeira de precisar ficar trocando, pois atenderia a maioria das necessidades de um fotógrafo, JJ indicou a objetiva 18 - 200 mm. Ela tem uma boa teleobjetiva e uma grande angular. Serve para a maioria dos propósitos. Embora custe uma vez e meia o preço da câmera.



Raíssa.



Foto de carrinho de lixo com duas pessoas ao fundo. O comentário a respeito da foto, foi de que se baixasse a câmera, registrando o carrinho em evidência, e as pessoas lá ao fundo, Seria uma outra foto! Uma outra concepção. Talvez mais apropriada para atender a pretensão de quem fotografou.



Iohanna



Sem uma justificativa, não é bom congelar as pessoas de costas. Esse seria um momento negativo.  Para ter significado, precisa estar dentro de um contexto.



Exemplo: você pode escolher focar criança no Parque, terceira idade, atletas de fim de semana...


Se quero um contexto de um idoso no parque, para dar sobre ele a ideia de que está em solidão, poderia fotografar o idoso se afastando, em um caminho deserto, mostrando à sua frente, o nada.

João Manoel.



Em uma das fotos havia um carro por trás, atrapalhando. Nesses casos é preciso repetir, conseguir a foto sem "distrações". Desenvolver essa consciência ao fazer a foto. É assim mesmo!



Há fotos para captar movimentos rápidos que se não estiver com o meio clique pronto, não consegue. Outra vez uma menção à necessidade de perseguir o chamado momento  decisivo, de Cartier-Bresson. 



Sameire



Vazios podem gerar um desequilíbrio na estrutura visual.

Quando há um vazio na foto, o cérebro pergunta:  Por quê?
Se encontrar justificativa, tudo bem!



Há quem muito emocionado com o momento da foto, esquece o enquadramento.



Sangela



Uma outra observação técnica: Não é bom girar uma foto no Windows.

Em softwares como o Photoshop , Bridge, lightroom, tudo bem.
Com o Windows, não faça. Quando se faz, não tem retorno.
Principalmente quando tem cores vermelhas.



Nas câmeras Nikon, a partir da D90, encontra-se no Menu, em "Visualidade", a possibilidade de configurar para que a câmera mostre no visor a foto tal como você a fez. Isto é, se a foto for tirada na vertical, ela aparecerá no visor na vertical. Basta girar a câmera, e será possível ver a foto melhor do que se ela fosse automaticamente rotacionada. Além disso é possível escolher que ao transferir as fotos para o computador, as fotos na vertical sejam rotacionadas automaticamente. Aí é bom! É como JJ faz.



Fim da primeira parte.



Duas técnicas de baixa velocidade:



Panning e Zooming.


Panning:



Se quero como ante-ontem na Jaqueira fazer Panning, vou baixar a velocidade.



Posso gerar a equação com qualquer das variáveis.

Mudando o ISO por exemplo.



Fotos Panning na sala - Foram dadas explicações adicionais.


Primeiro, que o Panning requer uma velocidade baixa.

A explicação que foi dada de como ajustar as variáveis controláveis (ISO, abertura do diafragma, e velocidade do obturador), são válidas não só para a técnica do Panning, como para qualquer outra técnica na qual se queira definir inicialmente a velocidade com a qual se quer fotografar.

Segundo, foram dados exemplos para ilustrar que com a câmera no modo Manual, e escolhendo um determinado ISO, e fixando a seguir a velocidade com a qual quero fotografar,  nos resta encontrar a abertura do diafragma indicada a partir da observação do fotômetro.

Pode acontecer de não haver uma abertura de diafragma suficiente, para com o ISO utilizado,  encontrarmos a "Combinação Verdade" para a velocidade que definimos. Nesse caso, foram várias vezes mostrado, que nos resta modificar o ISO, na direção que possibilite encontrar o diafragma correspondente, o que deve ser feito mantendo a velocidade e a abertura do diafragma máximo que foi conseguido com o ISO inicial, e selecionando novos ISOs, enquanto observamos a indicação do fotômetro.

Zooming:



Zooming - Usar o zoom como mudança de perspectiva na minha projeção.

Vou usar a velocidade menor que possa.
Por exemplo: F22  2 "  ISO 100.
Fica ainda melhor quando há pontos de luz.
Vou inicialmente sair de grande angular, para teleobjetiva.
Foi mostrado o efeito em fotos na sala.



A luminosidade maior é em grande angular. Em tele, é menor.

Rigorosamente, se faço com grande angular e vou para teleobjetiva, vou reduzindo a luminosidade.

Ir da grande angular para a teleobjetiva, significa na objetiva zoom, variar a distância focal do seu valor menor, para o maior, ao longo do tempo escolhido para a velocidade do obturador. 

Fazendo o contrário, isto é, começando em tele e indo à grande angular, a foto deverá ficar mais clara.



Foi feita uma foto, vindo da tele para a grande angular. Foi visto que dependendo da velocidade, pode dar certo, ou não. Quando deu certo, a foto resultou mais luminosa que a anterior.

   

Ainda, usando o mesmo tempo longo, de 2 segundos, pode-se fazer o zooming girando a câmera, e obtém-se então um novo efeito. As fotos poderão sair muito boas!



Em seguida foram mostrados slides sobre Panning.






Entre elas a foto de um cachorro correndo, a qual não teria graça nenhuma se não tivesse nela implícita a velocidade, o que foi conseguido usando a técnica do Panning.


As vezes você está no campo, e vendo as folhas mexendo, pode-se obter excelentes fotos com a técnica do Panning.

Para obter uma excelente foto, as vezes é preciso fazer dezenas de tentativas! Mas finalmente consegue-se uma.

O restante da aula foi aberta à livre iniciativa de fotografarmos à vontade, com ênfase às técnicas do Panning, zooming...

Ou o que mais quiséssemos (sem engessamentos):





(Concluindo a aula, o que para todos nós ficou foi que há várias formas de brincar com a câmera, em busca de resultados criativos. E até lembrei de um pensamento de Ansel Adams (1902 - 1984), um grande fotógrafo americano autor de belas fotos paisagísticas, que recomendava: "Da próxima vez que você segurar uma câmera, pense nela não como um robô, automático e inflexível, mas como um instrumento maleável que você precisa compreender para utilizar adequadamente."


Tenhamos todos um ótimo fim de semana!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.