segunda-feira, 5 de março de 2012

ME - Aula 13 (Profundidade de Campo)




A aula iniciou com JJ abrindo para perguntas.


Foi inicialmente feito o seguinte comentário: Na linguagem, com as palavras se faz a poesia, escrevem-se contos, e o que mais se pretenda no campo literário. Assim é também na fotografia, com relação às técnicas que podemos desenvolver a partir dos seus elementos básicos.

Também foi comentado:
Na fotografia de "Portraits" pretende-se captar o caráter da pessoa. Já na moda, o objetivo é outro! 

Foi feita uma menção à existência do 'liquefy" no Photoshop, que faz os pixels ficam flexíveis, tornando possível trabalhar fotografias alterando partes do corpo de uma pessoa, e até desenvolvendo daí caricaturas.



Perguntei sobre o barulho do clique que ouvimos ao acionar o botão de disparo de câmeras digitais.

JJ disse que apenas nas câmeras analógicas, o ruído decorrente do movimento do obturador provém do seu funcionamento. Nas câmeras digitais, não há obturador no sentido mecânico presente nas câmeras analógicas. O ruído decorrente do clique é produzido para manter a referência que já temos do uso de câmeras analógicas. Na realidade, é possível em algumas câmeras configurar o tipo do ruído e o seu volume. Também é possível deixá-la sem a emissão de qualquer ruído. A experiência de JJ de usá-la assim, entretanto, foi a de que a ausência de som indicativo de funcionamento do obturador, pode acarretar dúvida quanto a se realmente a foto foi tirada.



Prosseguindo:
A utilização de velocidades baixas,  como 1/8 permite a obtenção de belos efeitos estéticos.



Mann Ray dizia: "Mesmo sem fazer o clique,  a foto é minha."
Isso porque, relembrando o que já foi dito, tudo acontece antes.
JJ comentou que vai realizar um projeto sobre crianças, no nordeste, e que antes mesmo de viajar para fazer as fotos, já as tem prontas na cabeça. Esse trabalho será realizado inteiramente no nordeste. "As raízes brasileiras, verdadeiras, estão no nordeste".



Segunda e Terça da próxima semana, não haverá aula. São os dias 12 e 13. 
JJ fará cirurgia de tendão, para corrigir uma lesão no ombro esquerdo.



Sobre Profundidade de Campo.



O diafragma é o elemento responsável pela profundidade de campo.
Os demais elementos são complementares.



A profundidade de campo é o quanto de nitidez eu tenho antes e depois de um ponto.



A área nítida antes e depois do ponto focalizado.



No "Portrait" (retrato) há a fotografia simples, mas o verdadeiro "Portrait" retrata o carácter, a personalidade da pessoa! Talvez um pouco do riso. Uma determinada pessoa estando séria, não é ela. Por exemplo, Pamela. Agora ela está séria, para mim não é ela. Agora sim! Ela sorriu, agora sim, é ela... 

Se em uma mesma foto você conseguir ação e emoção, a foto pode ser interessantíssima.



Em "Portraits", usa-se desfocar o fundo.  Tiramos todas as distrações e damos destaque aonde está nítido. Também em uma foto de grupo, podemos destacar com maior nitidez alguém que eu escolha para assim fazer. Quando todos tem igual  nitidez, estou colocando todos no mesmo plano.



A profundidade de campo é maior para depois do ponto de foco, do que antes. Isso acontece por uma consequência física da projeção da imagem.



O diafragma é o elemento importante para a obtenção de diferentes profundidades de campo.



Posso controlar minha área de nitidez em uma foto, pela escolha da abertura do diafragma.

Relembrando os Modos de operação das Câmeras:

M - (Manual) Decido tempo e quantidade (de luz).



A - (Abertura) Decido o diafragma. Tenho numa intenção que é a profundidade de campo.



S - (De Speed - Velocidade)  Decido as velocidade e o sistema vai procurar o diafragma.



P - (Programa) A Câmera oferece pares de combinações de tempo e quantidade (de luz) para escolhermos.



A Primeira regra da profundidade de campo:

(Está relacionada ao diafragma)

Quanto mais fechado o diafragma, maior a profundidade de campo.



O inverso é também verdadeiro.

Quanto mais aberto o diafragma, menor a profundidade de campo.



O diafragma, quanto mais aberto menor será a profundidade de campo.



Uma objetiva de 50 mm e f/1.4 dá uma profundidade de campo reduzida.



Os diafragmas normalmente disponíveis:
  
22  16  11   8   5.6   4   2.8   2   1.4



A abertura do diafragma f/1.4 é atualmente uma das maiores aberturas.



No Modo A (Abertura) escolho por exemplo f/5.6 e a câmera vai buscar a velocidade para a combinação verdade. E será a combinação verdade de acordo com a minha intenção.

A segunda variável (velocidade), também  é muito forte.



Segunda regra da profundidade de campo:

(Está relacionada com a distância focal.)

A distância focal, relembrando, é a distância entre o centro ótico e o ponto de formação da imagem.

Quanto maior for a distância focal, menor será a profundidade de campo.
Quanto menor for a distância focal, maior a profundidade de campo.

Terceira regra da profundidade de campo:

(Está relacionada com a distância real.)




Distância Real:


Quanto mais próximo do objeto, menor a profundidade de campo.
Quanto mais distante do objeto, maior a profundidade de campo.

Se quero a mínima profundidade de campo, vou para a máxima distância focal. Se tenho uma objetiva de 55 mm, isso já não é favorável. 



Se escolho a máxima tele e vou cada vez mais abrindo o meu diafragma, meu campo (profundidade de campo) começa a diminuir...



Se escolho uma distância focal de 105 mm e f/3.5 de diafragma, esta é a menor profundidade de campo que vou conseguir na Nikon D7000.

Quanto mais distante mais difícil de controlar a profundidade de campo.

Podemos trabalhar controlando confortavelmente a profundidade de campo entre um e oito metros.



Se tenho uma objetiva f/1.4 consigo atuar com facilidade para obter uma pequena profundidade de campo.

Com mais diafragma para fechar é melhor para o meu controle.



Quando quero profundidade de campo mínima, fotografo o mais próximo possível do objeto, com o diafragma   mais aberto e com a maior distância focal.



JJ ao concluir a primeira parte da aula, deixa então a seguinte pergunta:



Por que que uma Full Frame, desfoca com mais facilidade que a APS e as outras?



Fim Primeira Parte.



Só existe nitidez absoluta no ponto de foco. A profundidade de campo, é toda uma área onde o grau de nitidez é aceitável.



O automático não vai focar no olho. Quando estou trabalhando com foco zero, preciso ter cuidado.



O que primeiro devo fazer é ajustar a dioptria. Adapto o visor ao meu olho.
O segundo passo, quanto maior a distância focal, maior a possibilidade de eu ver o foco no ponto que quero.



Então, dicas para foco:
Ir para o foco manual e fazer o foco no olho.
Depois de ajustar o foco, posso mexer na distância focal e o foco não muda, pois está no manual.



Esquematicamente, foram mostrado os círculos de difusão, e porque para um diafragma mais fechado, percebemos com mais nitidez, além do ponto onde está o foco.



Pelo mesmo princípio, observamos quanto a distância focal. A distância focal para a qual o tamanho do círculo de difusão é menor, resulta maior nitidez.



Manejar com o ponto de nitidez será o objetivo da nossa segunda prática externa. Ela será em Olinda, no Alto da Sé, na próxima quarta feira, dia 07 de março próximo.



O consórcio de teleobjetiva e diafragma aberto, limita a profundidade de campo.



Na fotografia Macro busca-se um plano de foco único. Em Macro, tem-se praticamente zero de profundidade de campo. Tão próximo que vale aquela terceira regra.



É muito critico estar tão próximo.



Voltando a pergunta do final da primeira parte da aula:

Porque na Full Frame obtém-se uma profundidade de campo menor?



D=50 mm na Full Frame.

D=26 mm na APS.

D=6 mm em outras.


A distância focal é maior, na Full Frame, e daí resulta uma menor profundidade de campo!


O cinema tem por premissa, o fundo desfocado.



Com uma mesma abertura na Full Frame e na APS, a Full Frame vai ter distância focal maior. Logo a sua profundidade de campo será menor.



Na APS, a área de nitidez é maior! porque a distância focal é menor.



Usa-se muito em cinema e em novelas, mudar o foco enquanto filma, tornando visível ora o primeiro plano, ora o segundo.



Agora, "fazer algumas brincadeiras (em sala) para treinar..."

(As informações sobre profundidade de campo foram então exercitadas em sala).



Prosseguindo após os exercícios:

Sobre as figuras (símbolos) existentes nas Câmeras (em cima do "Dial"):

Há figuras internas na câmera, que se referem a suas diferentes utilizações. Para fotografar "Portraits", Paisagens, Crianças, Esportes etc



Foram mostrados em slides, fotos para ilustrar o efeito nelas decorrentes do uso de baixa velocidade. Uma delas, a de um carrocel iluminado, à noite.



Com a máquina em automático, ela sempre busca resultados que não são os desejados.



No Menu Personalizado de algumas câmeras digitais, temos a opção de configurar para que por exemplo, ela dê entre duas aberturas, apenas os meios. Há outras opções, como a de dar os terços.



A indicação A-DEP existente nas câmeras da Canon, funciona da seguinte maneira: Quero nitidez de tal ponto a tal ponto, então o sistema calcula.
Há porém restrições ao funcionamento, já que o programa que faz isso não tem controle de todas as variáveis, para que o resultado seja sempre satisfatório.



No Modo da Câmera da figura "Portrait" o diafragma vai abrir e a máquina vai procurar o ISO e a velocidade. Nós por sua vez já sabemos que para esse efeito devemos escolher distância focal maior, e com isso contribuímos para o resultado.



Foi recomendado usarmos o "Portrait" e comparar a mesma foto assim obtida, com ela tirada no modo Manual. O "Portrait" vai tornar o rosto mais aveludado, pois há inerente a essa escolha, um controle sobre a cor.

Usando a figura  Paisagem, a câmera vai colocar foco no infinito. Otimiza nitidez da imagem, coloração verde e vermelho otimizada. Fecha o diafragma. Não abre o flash, pois "sabe" que para essa condição o flash não deve funcionar.



Escolhendo a figura Esportes, estamos pressupondo imagem em movimento. A câmera deixa o foco dinâmico. Na situação normal, você com o meio clique trava o foco, e se a pessoa se movimenta, fica fora de foco. Embora lá no Menu personalizar, seja  possível reconfigurar para "soltar o foco".



A escolha da figura Macro, faz a câmera fechar o diafragma para dar máxima profundidade de campo. Não é interessante usar flash com essa função. Ela automaticamente, usa. Mas não presta. Há accessórios que se acoplam ao flash que funcionam melhor.



Na figura Hight Landscape, a câmera desliga o flash, ajusta o diafragma,o fotômetro passa a funcionar melhor. Faz compensações interessantes, que permitem funcionar com ajustes que no manual não funcionariam.



Com a seleção de Party/Indoor, a câmera funciona automáticamente com o flash retardado. Para mostrar pessoas e também a decoração. No final do tempo de abertura, solta um flash.



Há muitas outras figuras, para situações específicas.



Portanto as "letrinhas ou figurinhas" do "Dial", parte delas acima descritas, otimizam a câmera para cada tipo de cenário.

Proporcionam alguns controles que não estariam presentes se utilizássemos o Modo Manual.

Fim da Aula de Hoje.

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